Fabrício entrega tocha da PAZ a Jacira da Silva |
Lançamento da candidatura de Jacira da Silva (texto por Fabrício Paz)
Ao pôr-do-sol do dia 30 de julho todas e todos os apoiadores de Jacira da Silva se prepararam para a hora mais esperada: O lançamento de sua candidatura para deputada distrital.
Desde as cinco horas da tarde a organização começava os preparativos na Praça Zumbi dos Palmares, no coração de Brasília, um local símbolo da luta contra o racismo em todo o país que carrega como título o nome mais emblemático na luta pela liberdade do povo negro que foi o de Zumbi dos Palmares.
Na praça encontravam-se cerca de 60 apoiadores mais os transeuntes que assistiam os pronunciamentos emocionados de todas (os) as (os) convidadas (os), entre elas Cida Abreu Secretária de Promoção à Igualdade Racial do PT, a deputada distrital e candidata a deputada federal Érika Kokay, e representante de diversas entidades de promoção à igualdade racial, tais como MNU (Movimento Negro Unificado), FMN (Fórum de Mulheres Negras), representante dos grupos de capoeira e muitos outras (os) convidadas (os) ilustres.
Ao falar da conquista de espaços, Cida Abreu enfatizou que a candidatura de Jacira da Silva representa um marco na história da luta pelo combate ao racismo e ao machismo em nosso país, ela como muitas mulheres negras de todo o Brasil, estão partindo para a luta, mostrando que chegou a hora de mudanças radicais nas estruturas de poder pré-estabelecidas.
Por sua vez, a candidata à federal Érika Kokay fez uma belíssima paródia de uma música de Ney Matogrosso, ao dizer que Jacira da Silva é uma mulher de coragem, que teria coragem de subverter a lógica perversa que se instalara no legislativo do Distrito Federal e que ela seria uma luz negra, um ressoar dos tambores da negritude, da magia e encanto do povo negro numa Câmara que hoje encontra-se falida pelos espúrios políticos ali pactuados. Érika, também em sua fala, pondera que Jacira da Silva poderá sim ser eleita deputada, pois a mesma Brasília que elegeu um operário presidente da república estará preparada para eleger mais uma Silva, uma mulher negra para seu parlamento.
Ao som de um 'jingle' envolvente, que Nanan sua filha compôs e cantou, Jacira da Silva começa sua fala enaltecendo as entidades, o povo negro que impulsionou sua candidatura ao delinear seus agradecimentos amplamente para o público ali presente. Jacira, que em seu slogan diz: Uma mulher de raça, diz que sua candidatura é fruto de um acúmulo que o movimento negro do Distrito Federal e que, portanto, esse movimento que hoje tem como responsabilidade esta empreitada terá uma responsabilidade maior quando estiver estabelecido o seu mandato, que será coletivo, popular e democrático.
Em um clima de Quilombo, com tochas espalhadas pela praça, com um jingle que lembra os cantos de crioulas, todos aludem que o evento fora sim muito importante, talvez não pela quantidade de pessoas presentes, mas sim pelo simbolismo ali marcado.
“Foi esse o dia 30 de julho de 2010, um dia que marcou o início para uma campanha já vitoriosa!”. Assim definiu um dos participantes do evento.
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